Paulo Augusto de Souza Nogueira

Origens do Cristianismo

Biografia

Doutor em Teologia pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha. Professor da Pós Graduação em Ciências da Religião da PUC Campinas.

Seus temas de pesquisa estão relacionados com a história e a literatura do cristianismo no mundo antigo, com foco especial nos textos apocalípticos judaicos e cristãos.

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Livros em Destaque

Uma breve história do cristianismo das origens (Santuário, 2020)

Como se originou o cristianismo? Quem eram os primeiros seguidores de Jesus de Nazaré? De que estratos sociais provinham? A que etnias pertenciam? No que eles criam? Quais suas práticas religiosas? Com embasamento em pesquisas recentes da exegese bíblica, essas e outras questões são abordadas neste livro de forma simples e direta. Ele cobre da origem do movimento cristão no judaísmo, passando por João Batista, pelo movimento profético de Jesus de Nazaré na Galileia, até a disseminação das comunidades por todo o Mediterrâneo e as tentativas de organização das igrejas do segundo século. Ainda que a narrativa vá até os pais da igreja, que formaram o critianismo estabelecido, não ficaram de fora os movimentos marginais, alternativos, chamados de heréticos. Trata-se de uma história do cristianismo antigo feita para os nossos dias: tempos de luta por diálogo e valorização das diferenças. Nela poderemos reconhecer traços da piedade viva de homens e mulheres comuns. Essa história do cristianismo das origens é breve, informativa e abre perspectivas para que o leitor possa revisitar o Novo Testamento e os textos apócrifos

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Narrativa e cultura popular no cristianismo primitivo (Paulus, 2018)

Este livro explora a tese de que o cristianismo se origina em profundo diálogo com a cultura popular do Mediterrâneo, com a cultura de subalternos, que no Império Romano representavam não menos que 97% de toda a população. Isso significa ir um passo além da já consagrada tese de que os primeiros cristãos eram pobres e que pregavam transformação social. Entender a religião nascente no quadro da cultura popular é perder o controle teológico do mesmo, pois como popular e subalterno ele dialoga e interage com narrativas e práticas religiosas das mais inusitadas. Dois exemplos: a) os primeiros cristãos eram apaixonados por narrativas. No entanto, elas adaptavam os gêneros narrativos em busca de feitos extraordinarios, como, por exemplo, nos evangelhos e nos atos apócrifos; b) como a religião do povo o cristianismo buscava certa eficácia ritual, por isso os primeiros cristãos eram ávidos praticantes de magia, em suas mais diversas formas. E como há magia nas nossas fontes! Estudar o cristianismo primitivo como forma de religião popular do mundo antigo nos tranforma o olhar sobre as origens, nos permite corrigir dogmatismos e leituras históricas estanques, nos lançando num mundo de relatos, símbolos e práticas surpreendentes. Esta obra ganhou tradução ao Espanhol em 2019, sendo publicado por Ediciones Sígueme.

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